quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

História: O que foi o Tucanato?


Dicionário: Regime altamente hierarquizado, constituído pela dissonância entre teoria e prática e que ao reprimir os descontentes, utilizou-se das mais diversas formas, como matar através da fome. Seus membros estavam divididos em dois grupos principais: Os tucanos, com discurso democrático, mas fortemente respaldados pelos meios de repressão policial e os aliados, financiados externamente pelo capital estadunidense e internamente pelos coronéis e usineiros do Norte e Nordeste brasileiros. Também empreenderam uma grande venda dos bens do Estado, na tentativa de acabar com o mesmo e financiar a vinda de um maior número de multi-nacionais.
História: O Regime de Tucanato foi constituído entre 1994 e 2002. Alguns historiadores
entretanto, consideram seu antecessor direto, o Marajá Fernando Collor do Vice-Reino das Alagoas, a partir de 1990. Este Marajá passou a desonerar o Estado e para isso vendeu parte dos bens do mesmo. Também loteou alguns bens públicos para o uso-fruto dos amigos. Quando deposto, em 1992, seu vice, Itamar O Controverso, contratou vários Tucanos (vide Tucanos) para modernizar a economia. Nesse momento, surge a figura de Fernando Henrique Cardoso, sociólogo que estudou na Metrópole e implementou na Colônia a política Neo-liberal: Saquear os bens públicos, os vendendo aos mega investidores europeus e estadunidenses, amigos da Alta Corte, a um preço muito abaixo do mercado.
Assumindo oficialmente em 1995, o já entronizado Rei Fernando Henrique passou a fazer alianças e expandir sua força sobre todo o Império. Para isso, modificou as regras de aposentadoria, fazendo com que os idosos trabalhassem até a chamada “invalidez” para o sistema. Após esse tempo, os idosos, chamados “velhos” pelos amigos do Rei ganhavam ração a base de pão e água e não podiam dispor de atendimento médico. Algumas revoltas foram ensaiadas. Orientado pelos Condes da Nobreza por um lado e pelos velhos Coronéis, brigadeiros e Almirantes entreguistas por outro, fez cair a mão pesada sobre o povo: Em 1997, em Carajás fez vista grossa quando seus aliados políticos massacraram trabalhadores sem terra, famintos e doentes. Neste mesmo ano, suspeita-se, ordenou que os deputados da Assembléia burguesa recebessem um pagamento por serviços prestados contra o povo e a favor do Reino. Assim, foi aprovado que o Rei poderia ser reeleito se o quisesse. Alguns arqueólogos acharam evidencias de que isso se tornaria uma prática constante daí em diante que culminaria no conhecido “Mensalão”. Adulados e sustentados, os deputados vetaram CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) e aprovaram um programa de privatizações, que atraiu comerciantes, mercadores e especuladores de todo o mundo. O Rei vendeu de tudo, de telefônicas a ferrovias, passando por empresas de saneamento. Também tentou vender as Universidades e hospitais, mas um levante o impediu. Um dos seus Condes, Serra O Fala Mansa, ficou famoso pelo tratamento dado aos mendigos de São Paulo, quando ao procurarem abrigo em prédios abandonados, foram reprimidos com violência por sua Polícia política. Foi esse Conde que tentou se tornar rei, mas perdeu as eleições em 2002. Alguns de seus aliados tinham fixa suja: Elizeu Padilha, Ministro dos transportes, deixou o Reino investigado pelo sumiço de milhões de moedas do Império. Também passou a vender estradas alucinadamente, assinando contratos que não obrigavam os donos de pedágio a duplicar as pistas encampadas. O Coronel Antônio Carlos Magalhães, conhecido por sua truculência e por mandar silenciar os desafetos do Reino, orgulhava-se de estar ao lado de todos os Reis e fomentando discórdias. Proibiu o voto secreto na Câmara dos Deputados. O Ministro da Educação, Paulo Renato tentou vender as Universidades e trocá-las por empréstimos do FMI (Fundo Monetário Internacional). O Conde Paulo Maluf e seu serviçal, Celso Pitta foram flagrados mandando dinheiro para a Metrópole. O Rei perdeu dois fortes aliados: O deputado Luiz Eduardo Magalhães e o Ministro das Comunicações Sérgio Motta. Suas mortes abalaram o governo num momento em que as vendas estavam grandes e até a maior Estatal lucrativa, a Vale do Rio Doce era dada de presente aos turistas da Metrópole. Em 2000, o Rei comemorou os 500 anos de Colonização ininterruptos. Trouxe os descendentes dos assassinos de indígenas e comerciantes de escravos e deu-lhes um farto banquete. Ajoelhado perante a Metrópole, aproveitou para dar de presente empresas das mais diversas e matar o povo de fome. Caiu em 2002, após 8 anos de fracasso econômico, centenas de denuncias de corrupção e favorecimento de amigos e de ter dilapidado bens públicos. Após isso, voltou para seu lugar na Metrópole, onde é amado pelos colonizadores. Algumas de suas práticas, infelizmente, foram seguidas a risca pelos operários que tomaram o poder após sua queda.
Fabiano da Costa, sobreviveu ao Tucanato entre 1994 e 2002, é graduando em História pela FURG e formado em Artes Visuais pela mesma instituição.
Foto: Jornal Vale Paraibano, 1997 (jornal.valeparaibano.com.br)

Um comentário:

Lidio Lima Jr disse...

Vim a esse Blog disposto a comentar em todos os textos, mas esse acumulo de declarações esquizofrenicas não é digino de comentarios, mas de recomendação de seu escritor a uma visita a um psiquiatra e logo!